sexta-feira, 25 de outubro de 2013

ARTES MIL

COELHOS DE PAPEL
rolinhos de papel!
Leão, leão, leão, és o rei da criação...
Com a impressão dos dedos!
Impressão dos dedos...vira brincadeira...
Recortando certinho...
Que ideia legal da Teachkidsart representando as estações do ano


Olha a ideia da Amanda via Pinterest com a impressão dos dedos...vamos fazer?

Fonte: 
 https://www.facebook.com/eliaspatricia

RECICLAGEM


Reciclar é transformar...
Com rolinhos de papel  criar carrinhos para brincar...

Fonte: www.aprenderecia.blogspot.com


avião de garrafa Pet



Criações da Natureza...


Folhas de diversas formas e tamanhos

Fonte: https://www.facebook.com/groups/grupoaprender/



quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Inclusão promove a justiça

Entrevista com Maria Teresa Égler Mantoan – para a educadora, na escola inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida dificilmente ensina: respeitar as diferenças. Esse é o primeiro passo para construir uma sociedade mais justa

Meire Cavalcante (novaescola@atleitor.com.br)
MARIA TERESA EGLÉR MANTOAN  "Estar junto é se aglomerar com pessoas que não conhecemos. Inclusão é estar com, é interagir com o outro".  Foto: Kaka BratkeUma das maiores defensoras da educação inclusiva no Brasil, Maria Teresa Mantoan é crítica convicta das chamadas escolas especiais. Ironicamente, ela iniciou sua carreira como professora de educação especial e, como muitos, não achava possível educar alunos com deficiência em uma turma regular. A educadora mudou de idéia em 1989, durante uma viagem a Portugal. Lá, viu pela primeira vez uma experiência em inclusão bem-sucedida. “Passei o dia com um grupo de crianças que tinha um enorme carinho por um colega sem braços nem pernas”, conta. No fim da aula, a professora da turma perguntou se Maria Teresa preferia que os alunos cantassem ou dançassem para agradecer a visita. Ela escolheu a segunda opção. “Na hora percebi a mancada. Como aquele menino dançaria?” Para sua surpresa, um dos garotos pegou o colega no colo e os outros ajudaram a amarrá-lo ao seu corpo. “E ele, então, dançou para mim.” Na volta ao Brasil, Maria Teresa que desde 1988 é professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas deixou de se concentrar nas deficiências para ser uma estudiosa das diferenças. Com seus alunos, fundou o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade. Para ela, uma sociedade justa e que dê oportunidade para todos, sem qualquer tipo de discriminação, começa na escola.
O que é inclusão? 
É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro.
Que benefícios a inclusão traz a alunos e professores?
A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora. O grande ganho, para todos, é viver a experiência da diferença. Se os estudantes não passam por isso na infância, mais tarde terão muita dificuldade de vencer os preconceitos. A inclusão possibilita aos que são discriminados pela deficiência, pela classe social ou pela cor que, por direito, ocupem o seu espaço na sociedade. Se isso não ocorrer, essas pessoas serão sempre dependentes e terão uma vida cidadã pela metade. Você não pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro, valorizando o que ele é e o que ele pode ser. Além disso, para nós, professores, o maior ganho está em garantir a todos o direito à educação.
O que faz uma escola ser inclusiva?Em primeiro lugar, um bom projeto pedagógico, que começa pela reflexão. Diferentemente do que muitos possam pensar, inclusão é mais do que ter rampas e banheiros adaptados. A equipe da escola inclusiva deve discutir o motivo de tanta repetência e indisciplina, de os professores não darem conta do recado e de os pais não participarem. Um bom projeto valoriza a cultura, a história e as experiências anteriores da turma. As práticas pedagógicas também precisam ser revistas. Como as atividades são selecionadas e planejadas para que todos aprendam? Atualmente, muitas escolas diversificam o programa, mas esperam que no fim das contas todos tenham os mesmos resultados. Os alunos precisam de liberdade para aprender do seu modo, de acordo com as suas condições. E isso vale para os estudantes com deficiência ou não.
Como está a inclusão no Brasil hoje?Estamos caminhando devagar. O maior problema é que as redes de ensino e as escolas não cumprem a lei. A nossa Constituição garante desde 1988 o acesso de todos ao Ensino Fundamental, sendo que alunos com necessidades especiais devem receber atendimento especializado preferencialmente na escola , que não substitui o ensino regular. Há outra questão, um movimento de resistência que tenta impedir a inclusão de caminhar: a força corporativa de instituições especializadas, principalmente em deficiência mental. Muita gente continua acreditando que o melhor é excluir, manter as crianças em escolas especiais, que dão ensino adaptado. Mas já avançamos. Hoje todo mundo sabe que elas têm o direito de ir para a escola regular. Estamos num processo de conscientização.
A escola precisa se adaptar para a inclusão?Além de fazer adaptações físicas, a escola precisa oferecer atendimento educacional especializado paralelamente às aulas regulares, de preferência no mesmo local. Assim, uma criança cega, por exemplo, assiste às aulas com os colegas que enxergam e, no contraturno, treina mobilidade, locomoção, uso da linguagem braile e de instrumentos como o soroban, para fazer contas. Tudo isso ajuda na sua integração dentro e fora da escola.
Como garantir atendimento especializado se a escola não oferece condições? 
A escola pública que não recebe apoio pedagógico ou verba tem como opção fazer parcerias com entidades de educação especial, disponíveis na maioria das redes. Enquanto isso, a direção tem que continuar exigindo dos dirigentes o apoio previsto em lei. Na particular, o serviço especializado também pode vir por meio de parcerias e deve ser oferecido sem ônus para os pais.
Estudantes com deficiência mental severa podem estudar em uma classe regular?Sem dúvida. A inclusão não admite qualquer tipo de discriminação, e os mais excluídos sempre são os que têm deficiências graves. No Canadá, vi um garoto que ia de maca para a escola e, apesar do raciocínio comprometido, era respeitado pelos colegas, integrado à turma e participativo. Há casos, no entanto, em que a criança não consegue interagir porque está em surto e precisa ser tratada. Para que o professor saiba o momento adequado de encaminhá-la a um tratamento, é importante manter vínculos com os atendimentos clínico e especializado.
A avaliação de alunos com deficiência mental deve ser diferenciada?Não. Uma boa avaliação é aquela planejada para todos, em que o aluno aprende a analisar a sua produção de forma crítica e autônoma. Ele deve dizer o que aprendeu, o que acha interessante estudar e como o conhecimento adquirido modifica a sua vida. Avaliar estudantes emancipados é, por exemplo, pedir para que eles próprios inventem uma prova. Assim, mostram o quanto assimilaram um conteúdo. Aplicar testes com consulta também é muito mais produtivo do que cobrar decoreba. A função da avaliação não é medir se a criança chegou a um determinado ponto, mas se ela cresceu. Esse mérito vem do esforço pessoal para vencer as suas limitações, e não da comparação com os demais.
Um professor sem capacitação pode ensinar alunos com deficiência?Sim. O papel do professor é ser regente de classe, e não especialista em deficiência. Essa responsabilidade é da equipe de atendimento especializado. Não pode haver confusão. Uma criança surda, por exemplo, aprende com o especialista libras (língua brasileira de sinais) e leitura labial. Para ser alfabetizada em língua portuguesa para surdos, conhecida como L2, a criança é atendida por um professor de língua portuguesa capacitado para isso. A função do regente é trabalhar os conteúdos, mas as parcerias entre os profissionais são muito produtivas. Se na turma há uma criança surda e o professor regente vai dar uma aula sobre o Egito, o especialista mostra à criança com antecedência fotos, gravuras e vídeos sobre o assunto. O professor de L2 dá o significado de novos vocábulos, como pirâmide e faraó. Na hora da aula, o material de apoio visual, textos e leitura labial facilitam a compreensão do conteúdo.
Como ensinar cegos e surdos sem dominar o braile e a língua de sinais? 
É até positivo que o professor de uma criança surda não saiba libras, porque ela tem que entender a língua portuguesa escrita. Ter noções de libras facilita a comunicação, mas não é essencial para a aula. No caso de ter um cego na turma, o professor não precisa dominar o braile, porque quem escreve é o aluno. Ele pode até aprender, se achar que precisa para corrigir textos, mas há a opção de pedir ajuda ao especialista. Só não acho necessário ensinar libras e braile na formação inicial do docente.
O professor pode se recusar a lecionar para turmas inclusivas? 
Não, mesmo que a escola não ofereça estrutura. As redes de ensino não estão dando às escolas e aos professores o que é necessário para um bom trabalho. Muitos evitam reclamar por medo de perder o emprego ou de sofrer perseguição. Mas eles têm que recorrer à ajuda que está disponível, o sindicato, por exemplo, onde legalmente expõem como estão sendo prejudicados profissionalmente. Os pais e os líderes comunitários também podem promover um diálogo com as redes, fazendo pressão para o cumprimento da lei.
Há fiscalização para garantir que as escolas sejam inclusivas?O Ministério Público fiscaliza, geralmente com base em denúncias, para garantir o cumprimento da lei. O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial, atualmente não tem como preocupação punir, mas levar as escolas a entender o seu papel e a lei e a agir para colocar tudo isso em prática.

Quer saber mais?

Bibliografia:
Direitos das pessoas com deficiência: garantia de igualdade na diversidade, Eugênia Augusta Fávero, 342 págs., Ed. WVA, tel. (21) 2493-7610, 40 reais
Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer?, Maria Teresa Eglér Mantoan, 96 págs., Ed. Moderna, tel. 0800-172002, 11 reais

Diagnóstico da Personalidade: Teste do Desenho

Olá, vamos  aprofundar um pouco em desenhos infantis, analisar o desenho e as atitudes. Se a criança desenha um mundo perfeito (com traços benfeitos de uma casa, da família completa, de gente sorrindo...), é bem provável que ela esteja recebendo todo amor e carinho de que precisa. Agora, repare se a criança está desenhando conforme a idade dele. A fase de rabisco abstrato (aquele que não forma nenhuma figura) dura só até 3 anos. As cores vão ter sentido com 6,7 anos.

Preste atenção ainda no ambiente familiar. Qual o clima em casa? Como está a vida dos pais? Essa criança tem tranquilidade ou vê brigas?

Saiba que dá para identificar se a criança está com algum problema emocional pelo desenho que faz, o desenho deve ser visto como um detalhe a mais no comportamento da criança, e não isoladamente. E só um profissional pode dar o diagnóstico.

As crianças com problemas sérios, como rejeição da família ou ausência de um dos pais, acabam desenhando a família (tio, avô, cão), menos figuras importantes (os pais) e ela mesma. Se a criança tiver 10 anos, por exemplo, e desenhar pessoas com palitinhos, sem roupa ou partes só corpo, pode não ser bom. Já deveria fazer traços mais bem definidos.

Mas como idenrificar nesses traços sinais de angústia, raiva e tristeza?

  "O desenho fala do sujeito, da sua subjetividade, da sua posição  frente  ao mundo".

O que torna o ato de desenhar propício para a projeção?
O sujeito é Livre para dizer ou fazer o que quiser, o que o condena  a revelar o seu desejo:

· Liberdade de tempo
· Não há bons ou maus desenhos
· É possível ao sujeito falar sobre sua produção

O que pode ser projetado através do desenho?

·         A percepção consciente e inconsciente do sujeito em relação a si mesmo e as pessoas significativas do seu ambiente.

·         Sua forma de agir, atuar, se posicionar frente ao mundo.

·         Conflitos e sentimentos inconscientes.

·         Coisas que o sujeito não seria capaz de expressar em palavras,mesmo que conscientes.

·         A realização de desejos.

·         Auto-imagem idealizada ou realista de si mesmo.

·         A sexualidade.

·         Stress´ situacional.

O que pode ser observado durante a atividade?

·         Observar qual é a sua postura frente a essa atividade:

·         Ele se entrega confiante e confortavelmente a tarefa?

·    Expressa dúvidas dobre sua habilidade e , nesse caso, esxpressa essas fúvidas diretas ou indiretamente,  verbalmente, ou através de atividade motora?

·         Realiza movimentos,ou exibe expressões verbais que revelam insegurança, ansiedade, autocrítica etc.


  Limites a serem considerados na análise do desenho
· Os aspectos a serem analisados não devem ser visto  isoladamente, e sim em conjunto, e não devem seguir umareceita, o que nos faria correr o risco de uma interpretaçãoequivocada. importantíssimo destacar que a análise de um desenho deveser feita por meio de outros desenhos, da história do sujeito eprincipalmente do que o sujeito fala acerca do mesmo.
· Interpretações são hipóteses e não certezas e não devem se  basear em dados isolados ou no imaginário do profissional queo analisa.

· O profissional deve ter o cuidado de não projetar no desenho analisado seus conteúdos.
· O desenho deve ser analisado dentro de um contexto cultural e refere-se a um dado momento.
·  É necessário evitar generalizações, pois cada produção é única.
· Aspectos estudados no desenho
 Fases do desenvolvimento: Cognitivo Psicomotor Sócio-afetivo

Percepção visual

Oralidade

Expressão

Reprodução

Criatividade

Traços da Subjetividade

Psicopatologia


Nos aspectos expressivos devemos analisar:

Seqüência

Esta análise pode nos indicar a quantidade de energia do sujeito e o controle do sujeito sobre a mesma.

Nos estados depressivos, por exemplo, os desenhos se caracterizam por uma acentuada pobreza de detalhes ou uma incapacidade de completar todos os desenhos, por mais  pobres que sejam.

A maioria das pessoas desenha com uma certa seqüência esquemática a figura humana (cabeça, pescoço, tronco,braços e pernas, dedos e pés colocados por último) denotando organização de pensamento; os que denotam excessivaimpulsividade, excitabilidade, trabalham confusamente.

Tamanho

Este aspecto nos oferece pistas sobre à auto-estima realistado sujeito ou uma imagem idealizada de si mesmo.

A relação entre o tamanho do desenho e o espaço disponívelna folha de papel pode estabelecer também um paralelo coma relação dinâmica entre o sujeito e o seu ambiente, ou entre o sujeito e as figuras parentais.

O tamanho sugere a forma pela qual o sujeito esta reagindoà pressão ambiental.

Tamanho normal

Inteligência, com capacidade de abstração espacial e deequilíbrio emocional.

Tamanho diminuto

Pode ser caso de inteligência elevada, mas com problemasemocionais.Pode indicar inibição da personalidade, desajuste ao meio.Repressão à agressividade.Timidez e sentimento de inferioridade



Tamanho grande

Se estiver bem centrada, pode ser ambições que serão alcançadas.

Tamanho exageradamente grande(atingindo quase os limites da pagina)Sentimento de constrição do ambiente, com concomitante ação supercompensatória, ou fantasia (uma pessoa pequenaque se desenha grande, por exemplo)Debilidade mental, não tem noção de tamanho.Tendências narcisistas, ou exibicionistas.Também revela forte agressividade
Pressão no DesenharOferece indicações sobre o nível de energia sujeito.1- Pouca pressão, traço leve.

Baixo nível de energia, repressão e restrições.

Indivíduos deprimidos, medrosos, e com sentimentos deinadequação preferem traços muitos leves, quase  apagados.


Detalhes no Desenho

Falta de detalhes adequados. . Sentimento de vazio e energia reduzida, característica de indivíduos que empregam defesas pelo retraimento e, às vezes, depressão.

Detalhe excessivo. Sentimento de rigidez. Atitude basicamente defensiva

Uso da Borracha

Uso normal ± autocrítica.

Ausência total, quando a borracha se acha presente ± faltade critica.

Uso exagerado da borracha ± incerteza, indecisão e  insatisfação consigo mesmo.

Riscar o papel

Indica dificuldade de adaptação

Transparência
Característica de certas etapas da evolução do grafismo. Emadulto, é sintoma de ausência de senso de realidade (desdequando não generalizada, não representa psicopatologia).

Desenho da anatomia interna ± início quase seguro de esquizofrenia. Correção e retoques

As correções podem expressar natureza adaptável e flexível.

Se em grande número, expressam incerteza, indecisão,insatisfação pessoal, dificuldades projetivas em certas áreas eperfeccionismo.


Sombreamento ou borradura

O sombreamento pode indicar inteligência.

São consideradas expressões de ansiedade, indicando conflito.

Se muito acentuados, pode se pensar em angustia e depressão.Estereotipias

Consiste em repetição mecânica do mesmo esquema, quasesempre sem conteúdo e realizado com regularidade.

Em sujeitos com mais de doze anos expressam deficiências de expressão, falta de independência no julgar, primitivismo,realismo estreito, limitado horizonte psicológico (junto a outros indícios, pensa-se em atraso no desenvolvimento mental)


Localização

No meio da página: Indica pessoa ajustada. Crianças que desenham no centro da página mostram-se mais autodirigidas, autocentradas.

Desenhos fora do centro da página: Pessoas menos centradas mais dependentes.

Desenho em um dos cantos: Pessoas fugindo ao meio. Pode indicar fuga ou desajuste do indivíduo ao ambiente


No eixo horizontal, desenho mais para a direita:Comportamento controlado, desejando satisfazer suas necessidades e impulsos, prefere satisfações intelectuais aas emocionais.

No eixo horizontal, mais para a esquerdaComportamento impulsivo procura satisfação imediata de suas necessidades e impulsos.

Na linha vertical, acima do ponto médio: Desajuste compossibilidade de reagir ao mesmo. Acha que está lutando muito, seu ideal é inatingível; tende a procurar satisfação na fantasia, em vez de na realidade; tende a manter-se alheio e inacessível; espiritualidade

Abaixo do ponto médio da página: O individuo sente-se inseguro e inadequado, em depressão; preso a realidade e ao concreto, firme e sólido; materialismo.

Figuras dependuradas nas margens do papel (como janelas dependuradas das bordas das paredes): Refletem necessidade e suporte; medo de ação independente; falta de auto-afirmação do sujeito.

Aspectos de conteúdo do Desenho

DESENHO DA FIGURA HUMANA
(Machover)
Técnica através da qual podemos analisar a percepção que o sujeito tem de si mesmo, sua auto-imagem e como ele se posiciona em relação ao meio. É mais obviamente carregado de
experiências emocionais associadas ao processo de subjetivação

ANÁLISE DO DESENHO
  
Seqüência das figuras

A maioria das pessoas desenha a figura do próprio sexoprimeiro.

b) Proporção entre os desenhos feitos

Baseia-se na idade de cada um ou indica o valor que o sujeito atribui a figura desenhada.

c) Posição da figura desenhada

Figura de frente ± Quando a figura é do próprio sexo do propósito, significa aceitação de seu próprio sexo. Resolução da fase edipiana. Aceita o mundo de frente.

Desenho de perfil ± Pode ser uma dissimulação, ou um desajuste, ou incapacidade de enfrentar o meio. Indiferença ao meio.

Desenho de costas ± Dissimulação de impulsos culposos e inconfessáveis. Pode ser caso de ambivalência sexual.

Figura de pé ± Significa força, energia, adaptação.

Figura sentada ou agachada ± Inibição, submissão, debilidade física, fraca energia para responder aos estímulos externos.

Deitado ± Patológico. Pode revelar uma situação de fato,como, por exemplo, o propósito tem uma pessoa doente na família.

Figura inclinada ± Solta no espaço. Instabilidade psíquica ou somática. Desvio de controle visomotor.

d) Transparência na Figuras
Natural até 6-7 anos, além dessa idade a figura é desenhada sem transparência. Quando aparecem elementos sexuais através da roupa, irá demonstrar curiosidade sexual.

e) Figuras Cabalísticas

Onde aparece geometrismo, estereotipia, trata-se de personalidade esquizóide. Nesses casos, a figura humana é desenhada de forma que não existe na realidade.

f) Figuras Grotescas

Insensibilidade, baixo nível mental

g) Figura não inteira

Só a cabeça ± Censura ao seu próprio corpo. Problema de grande censura sexual.

Desenho só do busto ± Censura à área genital.

Cabeça exagerada ± Debilidade mental.Pode ser narcisismo ou valorização exagerada da própria inteligência.

Tamanho reduzido ± sentimento de inferioridade. Pouca inteligência.

Partes omissas ± Faltando um braço ou uma perna, etc.,aparece em deficientes mentais, problema somático, pode ser censura relacionada à parte omitida.

h) Sucessão das partes desenhadas

Começo pela cabeça ± É o mais comum. Indica a aceitação do desenvolvimento humano.


INTERPRETAÇÃO ESPECÍFICA DE CADAPARTE DA FIGURA HUMANA DESENHADA

1.Cabeça
 É a parte do corpo onde se localiza o Eu. Há, portanto, ênfaseno desenho da cabeça. A maior parte do auto-conceito do indivíduo está focalizado na cabeça. A cabeça é considerada o centro do poder intelectual, social e do controle dos impulsos corporais.

2. Rosto
Representa a capacidade de inter-relação social

3. Olhos
Representam como o sujeito encara o mundo, a vida.
4. Cabelos
Tem um significado psicosexual.
5. Bigode e Barba
Raramente aparece em desenhos de adolescentes e adultos.
6. Nariz
Essencialmente possuidor do simbolismo sexual
7. Orelhas
Seu aparecimento, no desenho, indica passividade.

Omissão ± É comum.

8. Boca
Refere-se às tendências captativas, como nutrição, satisfação dalibido oral, relações sociais (dar e receber afeições) e, mesmo, relações sexuais.

Língua ± Dificilmente aparece, só em esquizóides,esquizofrênicos, ou desvio de conduta sexual; pode ser umproblema de fato.

Dentes ± A partir dos 7 anos, raramente aparece. Comumente aparece em pessoas imaturas afetivamente. Situação de fato, ou problema somático. Pode ser uma forte agressividade

É um símbolo sexual.

Queixo quadrado ± Afirmação social, teimosia, firmeza,decisão.

Queixo redondo ± Traço de feminilidade.

10. Pescoço
Elemento de ligação entre as forças afetivas e os impulsoscontroladores do corpo.

11. Ombros
Indica poder físico; força do ego.

12. Braços e mãos
Relacionam-se ao desenvolvimento do Eu e à sua adaptação
social, ou inter-relação com o ambiente. A extensão, direção e
influência das linhas dos braços, relacionam-se com o grau de
espontaneidade da pessoa no ambiente.

13. Pernas
Representam o contato com a realidade. A possibilidade de
realização de desejos, auto-afirmação.

14. Pés
Indicam a segurança geral do indivíduo em caminhar nomeio ambiente.
15. Tronco
Representação da força Egóica
16. Costelas
Sua representação no desenho é rara. Dá-se no caso de
esquizofrenia e indica problema grave.
17. Cintura
Controladora dos impulsos sexuais e corporais
18. Roupas
A roupa teria surgido por necessidade de proteção, pudor e
socialização. A indumentária nasceu da harmonia desses três aspectos e tem seu aspecto social.

19. Elementos acessórios

Óculos ± Dissimulação da dificuldade em enfrentar o mundo.
Aspecto de ambição.

Meias e luvas ± Símbolo com resposta de cobertura sexual.
Sentimento de culpa. Menos-valia, dissimulação, fantasia de
realização sexual ou prática sexual.

Chapéu ± Proteção.

Jóias e pinturas ± Desejo de afirmação social, afirmação
econômica e sexual.

Cigarro ou cachimbo na boca ± Ênfase erótico-oral.

Pastas, bolsas muito retocadas ± Pode ser um simbolismo sexual.

Análise da figura humana (observação geral)

Figuras como palhaços, caricaturas ou ridículas indicam desprezo e hostilidade em relação a si mesmo; rejeição; inadequação.

Figuras palitos ou representações abstratas sãoindicadores de evasão, insegurança.

DESENHO  DA  CASA
(John Buck)
Pode-se dizer que a casa desenhada assume, na maioria das
vezes, duas significações:

a)      Constitui um auto-retrato, expressando as fantasias, o ego, a
b)      realidade, os contactos e a acessibilidade.
c)      Expressa a percepção da situação no lar-residência,passada, presente, desejada para o futuro, ou uma combinação de todas as três formas. As observações indicaram que o teto pode ser empregado, peloindivíduo, para simbolizar a área ocupada na sua vida pela fantasia.

Paredes
Verifica-se que a força e a adequação das paredes da Casa desenhada estão diretamente relacionadas com o grau de forçado ego, na personalidade.
Porta
A porta é o detalhe da casa através do qual é feito o contacto direto com o ambiente.Fechaduras ou dobra dicas
Ênfase em fechaduras ou dobradiças demonstra sensibilidade defensiva.
Janelas
As janelas representam um meio secundário de interação com o ambiente
Chaminé
É um símbolo fálico.Em indivíduos bem ajustados, a chaminé indica apenas um detalhe necessário na representação de uma casa. Entretanto, se o propósito sofre de conflitos psicossexuais, a chaminé ± em virtude de seu papel estrutural e sua saliência em relação ao corpo da casa ± é suscetível de receber a projeção dos sentimentos latentes do sujeito, acerca de seu próprio falo.
Linha
Representativa do Solo
A relação entre a Casa, Árvore ou Pessoa desenhada e a linha do solo reflete o grau de contatos do sujeito com a realidade.
A mesma ligação simbólica entre o solo e a realidade prática evidencia-se, também, através da linguagem coloquial: Ele tem os pés na terra. Indica necessidade de apoio ou ajuda
Acessórios do Desenho da Casa

Casa com árvores, vegetais e outros detalhes ± Falta de segurança, tendo de cercar e proteger sua casa.

Muito jardim ± Expressão sexual feminina.

Florzinha, patinho ± Imaturidade afetiva.

Caminho bem feito e proporcionado, conduzindo à porta ± Controle e tato no seu contato com os outros.

Caminho longo e sinuoso ± Ocorre entre aqueles que,inicialmente, se retraem, mas eventualmente se tornam cordiais e estabelecem uma relação emocional com os outros. Demoram e se mostram cautelosos em fazer amizades, mas, quando a relação se desenvolve, tende a ser profunda.
Cercas desenhadas em torno da casa ± Representam um comportamento defensivo


DESENHO  DA  ÁRVORE
(Koch)
A árvore, ser que vive em função de elementos ambientais (chuvas, vento, calor etc.) é dos desenhos o que mais revela a auto-imagem da pessoa no contexto de seu relacionamento com o ambiente, além de como se sente em relação ao seu equilíbrio intrapessoal.

TRONCO
O Tronco representa o sentimento de poder básico e força interior do sujeito, o que significa, em terminologia psicanalítica, a Força do ego. Koch também comenta que o tronco, freqüentemente, representa a área básica do autoconceito.

Superfície do tronco
É a zona de contato entre o interior e o exterior ± o meu e o  teu, o eu e o meio ambiente. A qualidade do envoltório sugere diferenças existentes entre a atitude interior e a conduta  exterior. Como um véu, tanto pode cobrir,  proteger e inclusive disfarçar o verdadeiro ser

RAIZA
Raiz corresponde à parte inconsciente do eu, às forças impulsivas, instintivas e não elaboradas ± ao Id da teoria freudiana.

COPA
Suas extremidades formam a zona de contato com o ambiente, zona de relacionamento entre o que é interior(estrutura) e o que é exterior.

GALHOS OU RAMOS
Representam os recursos do indivíduo para buscar satisfação no ambiente, para aproximar-se dos outros, para se expandir e, deste modo, realizar-se. Representam os membros da árvore, que equivalem, no autoconceito do indivíduo, aos braços no desenho da pessoa.

FLORES
Representam a energia vital; imaturidade emocional.
FOLHAS
Representam vivacidade e produtividade.
FRUTOS
Indicam o desejo de maturação; de mostrar capacidade

USO  DA  COR 

O uso da cor refere-se à vida emocional eafetiva (empatia, tensão, conflito,harmonia) do sujeito; sujeitos psicologicamente mais equilibradosatiram-se com menos resistência e mais profundidade no emprego das cores.

SIGNIFICAÇÃO DAS CORES
Quanto à variação:

Preto e branco - Ansiedade, depressão, grandes temores.

Cinza - Tristeza, insatisfação.

Azul - Tranqüilidade, racionalidade.

Vermelho - É a cor mais emocional. O interesse pelo vermelhodecresce, à medida que a criança supera a fase impulsiva e ingressa na fase da razão e de maior controle emocional.

Verde - Criação, reprodução

Amarelo sol - Força, energia, estabilidade, euforia.

Alaranjado - Desejo de contato, repressão da agressividade,desejo de simpatia; mais fantasia que ação.

Roxo - Paixão, depressão; 

Lilás - Paz, espiritualidade e
realização.

Marrom (preferência) - Caráter mais regressivo; contato
com a realidade.

Quanto à intensidade e freqüência no uso das cores

Azul - Controle dos impulsos emocionais: predomínio da
razão.

Vermelho - Impulsividade.

Amarelo - Bom tônus vital, alegria. Recusa total da cor -Afetividade coartada

DESENHO DA FAMÍLIA

Segundo C.W. Hulse:
I – Objetivos
Conhecer a situação do sujeito dentro de seu meio familiar. O que vê nesse meio. Como se vê; sua percepção da sua relação com as figuras parentais
Dados para interpretação do Desenho da Família

Análise de cada figura - A primeira pessoa desenhada: verificar traços, negrito, transparência, riscados, localização,proporção etc., da pessoa desenhada. Verificar a segunda, a terceira pessoas desenhadas e, assim, sucessivamente. De acordo com a colocação das figuras, descobre-se a valência dessas pessoas, para o sujeito.

Omissão do sujeito - Não sente que participa, realmente, na família. Não recebe a afetividade que necessita. Rejeita, ou sesente rejeitado (ou desejo de se afastar).

Omissão de elementos da família (por ex. irmãos).

tamanho das diferentes figuras (por ex. figura maternagrande e o pai representado como pequeno e insignificante).

Expressão facial dos genitores.

Família real ou idealizada.

DESENHO DE UM ANIMAL

Segundo Levy
Objetivo Animais são símbolos e personificações projetados de impulsos e sentimentos inconscientes.
·      Dados para Interpretação do Desenho do Animal
·         Aspectos expressivos (abordados anteriormente).
·         Análise de animais específicos:

·         Pássaros - simbolizam fuga; orientação para a ação.

·         Animais exóticos (ex. Corvo) - sujeito incomum.

·         Gato - feminilidade; maternidade; frieza; afastamento; vida noturna; auto centrismo.

·        Serpente - fonte de vida; fonte da morte; fonte doconhecimento proibido (inconsciente).

·         Cavalo - trabalho; ajuda; medo de castração; estrutura integrada.

·         Elefante - grandeza; falta de coordenação.

·         Coelho - timidez; fertilidade.

·         Borboleta - espiritualidade.

·         Cachorro - Fidelidade, defesa.

Anarrativa do sujeito sobre o animal

EVOLUÇÃO DO DESENHO

Processo que tem ligação direta com o amadurecimento perceptivo-motor, neurológico, mental e emocional da criança, bem como com sua construção enquanto sujeito.

O desenho é a manifestação de uma necessidade vital da criança: agir sobre o mundo que a cerca, intercambiar,comunicar e trazer à tona desejos, impulsos, emoções e sentimentos.

Como o adulto, a criança projeta no papel sua imagem e exibe uma atividade profunda do inconsciente.

FASE   DO  RABISCO

VEGETATIVO-MOTOR (18 MESES)
2-       Corresponde ao período sensório-motor em que acriança está buscando assimilar o real ao eu, dominar os objetos.
3-      As crianças descobrem o prazer em rabiscar não apenas pelo movimento rítmico do braço, mas também pelos traços que vão surgindo.
4-       Não há preocupação com a preservação dos traços;freqüentemente os cobrem rabiscando sobre eles.
5-       Trata-se de uma atividade motora em que o corpo inteiro funciona.
6-       Há um prazer em se sujar e responde a uma descarga agressiva (fase sádico-anal).
7-       Os rabiscos geralmente são ondulados; não sãointencionais; o lápis não sai da folha e os movimentoscorrespondem a uma excitação motora (traço contínuo).


BIBLIOGRAFIA

DINAH MARTINS, O teste do desenho como instrumento de diagnóstico da personalidade, editora VOZES