quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Como interpretar os desenhos das crianças

O desenho pode ser, na infância, um canal de comunicação da criança e seu mundo exterior

Segundo os psicólogos da Unidade de Desenvolvimento Psicológico e Educativo de San Salvador, por ética, só uma pessoa especializada, como alguns psicólogos, pode interpretar os desenhos, seguindo protocolos estabelecidos para esse fim.
O especialista deve levar em conta a condição biográfica e familiar da pessoa que desenhou, bem como sua história pessoal, que servirá como marco de referência de quem está fazendo o desenho. Além disso, é necessário levar em conta que um desenho é importante, mas não define tudo. É uma expressão de sentimentos e de desejos que podem ajudar a saber, por exemplo, como se sente a criança a respeito da sua família, sua escola, etc.
Através dos desenhos das crianças, pode-se observar detalhes que para uma pessoa adulta pode passar despercebido. O desenho pode ser, na infância, um canal de comunicação entre a criança e seu mundo exterior. A primeira porta que a criança abre o seu interior.

Formas de interpretação do desenho infantil

Existem algumas pistas que podem orientar os pais sobre o que diz o desenho do seu filho. No entanto, são puramente orientações. Segundo a especialista canadense, Nicole Bédard, o desenho diz muitas coisas. Exemplos:
Posição do desenho – Todo desenho na parte superior do papel, está relacionado com a cabeça, o intelecto, a imaginação, a curiosidade e o desejo de descobrir coisas novas. A parte inferior do papel nos informa sobre as necessidades físicas e materiais que pode ter a criança. O lado esquerdo indica pensamentos que giram em torno ao passado, enquanto o lado direito, ao futuro. Se o desenho se situa no centro do papel, representa o momento atual.
Dimensões do desenho -  Os desenhos com formas grandes mostram certa segurança, enquanto os de formas pequenas parecem ser feitas por crianças que normalmente precisam de pouco espaço para se expressar. Podem também sugerir uma criança reflexiva, ou com falta de confiança.
Traços do desenho -  Os contínuos, sem interrupções, parecem denotar um espírito dócil, enquanto o apagado ou falhado, pode revelar uma criança um pouco insegura e impulsiva.
A pressão do desenho - Uma boa pressão indica entusiasmo e vontade. Quanto mais forte seja o desenho, mais agressividade existirá, enquanto as mais superficiais demonstra falta de vontade ou fadiga física.
As cores do desenho – O vermelho representa a vida, o ardor, o ativo; o amarelo, a curiosidade e alegria de viver; o laranja, necessidade de contato social e público, impaciência; o azul, a paz e a tranquilidade; o verde, certa maturidade, sensibilidade e intuição; o negro representa o inconsciente; o marrom, a segurança e planejamento. É necessário acrescentar que o desenho de uma só cor, pode denotar preguiça ou falta de motivação. 
Esses tipos de interpretação, são apenas uma pincelada dentro do grande mundo que é o desenho infantil. Não devemos generalizá-los. Cada criança é um mundo, assim como as regras de interpretação do desenho infantil. Se alguma coisa te preocupa no seu filho, e se for necessário, busque um especialista.

Fonte: http://br.guiainfantil.com/desenho-infantil/210-como-interpretar-os-desenhos-das-criancas.html


O significado do desenho infantil



Através de um desenho ou pintura que a criança faz no desenho,
identificar medos, anseios, alegrias, sentimentos.
Além disso, é uma forma de arte, de expressar opiniões e distração.






A expressão de sentimentos e de se comunicar já foi feita através de desenhos. Desde tempos antigos, os seres humanos demonstram o conhecimento do mundo através dessa prática, como força criativa e representação de aspectos culturais.
Os rabiscos constituem-se como as primeiras manifestações da arte da criança. Entre 2 e 3 anos de idade, a criança ainda não faz desenhos com significado representativo. Gradativamente a criança vai expressando traços mais significativos, nessa idade, o que se nota são traços leves, ou fortes, pequenos rabiscos, etc.
A partir deles, ela descobre que pode produzir movimentos e traços, inaugurando seu poder de expressão de idéias, sentimentos e autorias.
Através dessa ação criadora, a criança constrói, continuamente, hipóteses originais sobre a realidade no seu encontro com o mundo.
Nessa idade, o desenho não é uma cópia da realidade e sim a expressão da sabedoria da criança.
Ao observarmos esses desenhos, podemos aprender sobre as habilidades que a criança possui: desenhar implica defrontar-se com questões técnicas, estéticas, geométricas, espaciais e de sensibilidade, que se encontram na superfície do papel.
A partir de três anos de idade, a criança já tenta desenhar de acordo com a sua realidade, e conforme a própria percepção.

A análise e conhecimento sobre a relação entre pensamento e desenho e suas fases evolutivas, juntamente à importância da análise do desenho como expressão dos sentimentos e idéias – o desenho como linguagem – trazem elementos para que o educador reflita sobre suas intervenções diante das propostas de produção. Torna-se necessário também, o reconhecimento de que os desenhos representam símbolos da cultura de um povo, valores e formas da vida social das comunidades.
Através do desenho de uma criança é possível analisar seu caráter, sua personalidade, temperamento e carências. É possível também através do que a criança desenha, descobrir e reconhecer as fases pelas quais a criança está a passar, suas dificuldades, bem como seus pontos positivos.
No entanto, podemos analisar alguns desenhos simples mas que já indicam muitas coisas, por exemplo os desenhos dos seguintes itens:

Árvore - refere-se ao físico, emocional e intelectual da criança. Quando o tronco da arvore é alto e largo, revela que seu filho tem muita força na superação dos problemas. Quando o tronco for pequeno e estreito, revela vulnerabilidade às complicações. Se houver excesso de folhas, a criança tem grande ocupações demais. Se houver poucas folhas, e galhos a criança está triste.

Casa - Desenho de uma casa grande, demonstra grande emotividade, se for uma casa pequenina seu filho demonstra que é uma criança retraída.
Barco - Desenhar barco significa que a criança adapta-se facilmente a imprevistos. Barcos grandes, revela que seu filho não gosta de mudanças e aprecia ter controlo da situação, se for barco pequeno seu filho é sensível, e tem grande intuição.
Flores - desenhar flores significa que seu filho é uma criança alegre e feliz.
Sobre esse assunto podemos encontrar alguns livros interessantes, o livro “Como interpretar os desenhos das crianças” da pedagoga Nicole Bedard poderá ajudar a compreender melhor os desenhos das crianças e assim poder conhecê-las melhor.
O Livro “A Criança e sua Arte” de Viktor Lowenfeld, afirma que ao observarmos os desenhos da criança, é possível notar uma evolução lógica, com características semelhantes em idades próximas.
Já no livro “O Desenho Infantil” de Georges-Henri Luquet Luquet nos diz que um desenho é a obra da criança, produto e manifestação da sua atividade criadora, e que o exercício dessa atividade e de criatividade e consequentemente, é acompanhado de um grande prazer.
Para a coordenadora pedagógica Adriane de Oliveira e Silva (MG) deve haver uma apreciação dos desenhos de crianças e adolescentes, além de muito contribuir para a reflexão sobre a prática do desenho na escola, serve como material de apreciação e deleite para a sociedade. A produção artística das crianças pertence ao patrimônio de uma comunidade e como tal deve ser admirada por todos.
Cabe ainda destacar o livro “O Professor da Pré-escola” – vol 1de Monique Deheinzelin , que nos alerta para o principal objetivo do ensino-aprendizagem do desenho na escola: o de favorecer o percurso criador dos alunos, privilegiando os processos de realização do desenho e não apenas o seu produto final.
Só se aprende a desenhar, desenhando. O ato de criar proporciona o pensamento independente, a flexibilidade, a criatividade, traduzindo na criança sentimentos, que podem ser entendido como alegria, felicidade, desabafo.


Fonte: Texto por Roberta Simões

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